domingo, 23 de agosto de 2009
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Confrontada com as dúvidas, problemas e medos relativos à minha saída do armário para a minha mãe, tenho dado por mim a pensar na melhor abordagem e no conteúdo a focar nessa conversa fatal. O meu guião para este filme que se avizinha é algo deste género:
- Chegar à cozinha e pedir-lhe para falarmos na sala. Insistir que o jantar pode esperar. Em caso de urgência, prometer fazer o jantar.
- Fazê-la sentar-se. Se necessário, usar como isco uma revista de Sudokus estrategicamente colocada em cima do sofá.
- Fazê-la largar o Sudoku.
- Fazer uma introdução - dizer-lhe que de certeza que não lhe passou despercebido, ao longo dos anos, o facto de eu não me interessar especialmente em ter namorados.
- Sublinhar que isso tem uma explicação, e que não é eu ser atadinha ou tímida.
- Alertar que ela pode pensar que não me conhece, mas que nada muda com o que estou prestes a dizer-lhe. Continuo a mesma pessoa.
- Dar uma de sentimental e dizer que gosto demasiado dela para continuar a esconder-lhe uma parte tão importante da minha vida.
- Soltar a bomba: mãe, eu gosto é de raparigas.
- Depois dos gritos, choro, recriminações, insultos, e eventuais desmaios e copos de água, aguardar a hipótese para dizer as coisas que se seguem.
- Mãe, nunca me vi com homens. Só me vejo a partilhar a minha vida com uma mulher.
- Não é uma fase. Já o sei há algum tempo e faz todo o sentido.
- Ninguém me influenciou ou seduziu. É algo que está em mim.
- A homossexualidade não é uma escolha e não posso mudar o que sinto e sou, apenas o meu comportamento face a isso.
- Não vou mudar o meu comportamento, mesmo podendo, porque é ir contra mim mesma.
- Aceita que eu sou homossexual. Se ficar com um homem não vou ser heterossexual. Vou ser homossexual e infeliz.
- Responder a eventuais perguntas, lidar com os choros e insultos.
- Dar-lhe um livro sobre homossexualidade.
- Sair de casa.
- Esperar umas horas até voltar. Ela vai precisar de tempo.
- Voltar e esperar que ela me aborde. Se não abordar, ser indiferente. Todos têm direito à negação.
(ufff...! Sujeita a alterações, com bastante a acrescentar!)
Teria sido tão, mas tão mais fácil tê-la feito deparar-se, há uns aninhos, com algo assim:
E viva a simplicidade!
- Chegar à cozinha e pedir-lhe para falarmos na sala. Insistir que o jantar pode esperar. Em caso de urgência, prometer fazer o jantar.
- Fazê-la sentar-se. Se necessário, usar como isco uma revista de Sudokus estrategicamente colocada em cima do sofá.
- Fazê-la largar o Sudoku.
- Fazer uma introdução - dizer-lhe que de certeza que não lhe passou despercebido, ao longo dos anos, o facto de eu não me interessar especialmente em ter namorados.
- Sublinhar que isso tem uma explicação, e que não é eu ser atadinha ou tímida.
- Alertar que ela pode pensar que não me conhece, mas que nada muda com o que estou prestes a dizer-lhe. Continuo a mesma pessoa.
- Dar uma de sentimental e dizer que gosto demasiado dela para continuar a esconder-lhe uma parte tão importante da minha vida.
- Soltar a bomba: mãe, eu gosto é de raparigas.
- Depois dos gritos, choro, recriminações, insultos, e eventuais desmaios e copos de água, aguardar a hipótese para dizer as coisas que se seguem.
- Mãe, nunca me vi com homens. Só me vejo a partilhar a minha vida com uma mulher.
- Não é uma fase. Já o sei há algum tempo e faz todo o sentido.
- Ninguém me influenciou ou seduziu. É algo que está em mim.
- A homossexualidade não é uma escolha e não posso mudar o que sinto e sou, apenas o meu comportamento face a isso.
- Não vou mudar o meu comportamento, mesmo podendo, porque é ir contra mim mesma.
- Aceita que eu sou homossexual. Se ficar com um homem não vou ser heterossexual. Vou ser homossexual e infeliz.
- Responder a eventuais perguntas, lidar com os choros e insultos.
- Dar-lhe um livro sobre homossexualidade.
- Sair de casa.
- Esperar umas horas até voltar. Ela vai precisar de tempo.
- Voltar e esperar que ela me aborde. Se não abordar, ser indiferente. Todos têm direito à negação.
(ufff...! Sujeita a alterações, com bastante a acrescentar!)
Teria sido tão, mas tão mais fácil tê-la feito deparar-se, há uns aninhos, com algo assim:
E viva a simplicidade!
1 Portas LEScancaradas:
mostrar desde piriri era o ideal mmo!
G.P.
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